Sem Pudor: Ginecologista

Olá,

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 Eu resolvi começar uma série nova por aqui, para falar sobre assuntos muitas vezes deixados de lado, mas que precisam ser elaborados, sem pudores ou tabus. Resolvi começar pela coisa mais engraçada para se ter vergonha, na minha opinião: a primeira consulta ao ginecologista.
 Eu reconheço que a menarca - primeira menstruação - é traumatizante para praticamente todas as meninas, ainda mais quando vem muito cedo e os familiares encaram como "o problema".

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Imagine uma criança aos nove anos a brincar de boneca, quando percebe que a menarca chegou e conta a sua mãe que, desesperada, corre para um médico imediatamente e decide ligar para toda a sua família no caminho. É, se foi pavoroso para mim, entendo o medo de vocês. Mas este constrangimento que fazem nós garotas passarmos é resultado do que nossas mães passaram, então, para o bem de suas filhas, é essencial parar de ter "medo" de ginecologista e esclarecer tudo.

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 Posso dizer que 99% das minhas amigas tem medo  de ir a este médico, e evitam ao máximo marcar consultas por muitas fatores, incluindo: vergonha, medo de sentir dor em um exame ou que os pais as acompanhem. Mas, vamos combinar, este monte de mulher que com 15 anos já tem vida sexual ativa e não tem medo de mostrar seu corpo para um monte de marmanjos, vão ficar com vergonha de um médico?
 Um ginecologista é apenas um médico, como um ortopedista, oftalmologista, etc. É preciso que você procure alguém de confiança para se sentir melhor, claro, mas, homem ou mulher, seu médico é um profissional e não vai fazer com que passe vergonha ou, no caso dos homens, te examinar "com outros olhos". Até porque, estes caras já sabem que examinar uma vagina é bem diferente do que estar vendo um vídeo pornô (imaginem o tanto de mulheres com doenças que eles precisam tratar!), então fiquem tranquilas quanto a esta questão.
 Na primeira consulta, se você for virgem, é provável que vocês apenas conversem sobre ciclo, doenças, etc, e caso haja necessidade de exame, será o toque nas mamas e avaliação da região íntima externa. Caso seu médico precise recolher material, será usado um cotonete, apenas. Nada de dor!
No caso de quem já não é mais virgem, nas consultadas de rotina, ocorrerá o mesmo processo de exame, a única mudança é que, ao invés de um cotonete, pode ser usado um especulo, para examinar a vagina por dentro e o colo uterino, e também o toque, para avaliar o tamanho do útero e ovários. Porém, novamente, é um processo indolor.
 Então já vimos que não precisa de timidez e que a consulta não dói, mas e quanto ao acompanhante?

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Não é obrigatório que seus pais a acompanhem, isso vai de sua escolha. Para dar uma dica, diga a eles que você tem vergonha e prefere tirar suas dúvidas a sós. No caso das mães, elas vão compreender, e, dos pais, vão preferir que tenha esta atitude - para um pai, deve ser tão constrangedor quanto para você ir a um ginecologista.
Caso você não seja virgem, seu médico também é obrigado a manter sigilo se você assim preferir, a não ser que você apresente alguma doença ou complicação de saúde; neste caso, ele é obrigado a informar seus responsáveis - então trate de se cuidar direito e não vai ter problemas com isso.
 Pronto, todos os medos desvendados e solucionados. Acho que é hora de tomar um chá de vergonha na cara e marcar logo uma consulta, pois vergonhoso mesmo é você estar aí nesta cadeira, cheia de fungos, dúvidas e uma lista de quem já viu tanto de você quanto um ginecologista veria e mesmo assim se negar a cuidar de si mesma, né?

By: Bia