terça-feira, 17 de setembro de 2013

Moça

A menina, hoje moça velha,
Senta no banco da praça e observa
Mas que tolas as mocinhas de hoje, não são?
Lembra do tempo de menina, como brincava
Os joelhos não doíam ao pular, corria
Os cabelos inda não caiam ao soltar
Como de índia, serena
Mostrava-se sem medo ou vaidade

Vê agora a mocidade
Não se ouve mais as risadas de risos, são todas ensaiadas
Ouve-se música cada um com seu aparelho, surdo o cérebro
Correm? Jamais! Não quebra o salto!
Pulam, agarram a blusa, medo de revelar a sobremesa pós-jantar
Se pulam, ainda, ajeitam os cabelos, penteados postiços

A senhora, querida, infeliz senhora
Como gozaria de ver estas crianças com suor da inocência
O riso da decência
Sem vaidade, opulência

Levanta e sai, agonia
Se ainda fosse moça...
Liberta o pensamento
Prefere trancar-se novamente nesta sala
A companhia dos homens e mulheres de branco, a medir sua pulsação
Que viver sendo moça, infeliz vaidosa.
By: Bia

O quarto

O quarto de paredes negras é claro
Como claro, se é negro?
É franco, é puro, opaco
E negro

Não há mais claro que a negritude
Vê, olha, contorna
É escuro
Tão claro
Não importa d'onde
Cima, baixo, lado, costas
É negro

Sem manchas, sem segredo, sem desenho
Só o preto, o escuro
O escuro da maldade, escuro do luto, escuro da calma, da serenidade
Mas escuro
Como poderia ser mais claro
Que o escuro? 
By: Bia

domingo, 15 de setembro de 2013

"Eu quero ser um Rockstar"

Olá,

 Bom, talvez seja desnecessário falar do festival de música Rock In Rio, mas andei refletindo enquanto xingava a programação de artistas e cheguei a uma conclusão (ou uma desculpa) para a diversidade de artistas fora do gênero rock ou pop rock.
 Primeiramente é pelo fato mais óbvio: os cantores e bandas presentes de uns tempos para cá são os mais famosos do momento ou históricos, que não podem faltar. Pensem bem, no início do Rock In Rio, eram os "anos do Rock" em que o Metal era meio que novidade e várias bandas começaram a aparecer com tudo, internacionais e nacionais, e no Brasil estilos novos e misturados, como Raimundos, Legião, entre muitos outros. A questão é que o Rock era mídia, tava na moda, e sabemos que hoje ele vem perdendo sua força nas revistas e TV, logo, não se ganha tanto dinheiro com divulgação como na época. E isso porque os produtores precisam ganhar dinheiro com os ingressos, etc, e só com as bandas do "Rock puro" de hoje o lucro seria menor (hello, quantas centenas compraram ingresso só para ver a Beyoncé?)
 Em segundo lugar, o Rock In Rio não é uma Woodstock! Não é um festival em que apenas cantores de um gênero e seus sub gêneros  se encontram para "tirar um som", é um festival de Rockstars. Inclusive, estes dias conversei com meu pai sobre o quê é ser um Rockstar, e chegamos a conclusão de que é "um título", como ele disse. É ter a atitude do Rock, seja em que gênero for, é seguir os princípios do Rock antigo, lá no começo, com Jazz e Blues, lembram? Quando só se queria revolucionar, mudar a sociedade, fugir do padrão, reunir pessoas com os mesmos pensamentos e ouvir música.
 Agora vocês me perguntam: "Onde ficam artistas como Beyoncé e Ivete Sangalo nisso?" Bom, primeiramente, a Beyoncé É uma Rockstar, ela tem atitude, muito talento e carisma, você aceite isso ou não. A Ivete também, e as duas fizeram marcos importantes para o tipo de música que escolheram. A Beyoncé provou que pode-se ter boa voz, bom corpo, boa personalidade e dançar muito em uma mulher só, diferente de muitas "estrelinhas" que ficam sem um ou dois destes pontos, ou mais. A Ivete de certo modo também. Fora que as duas são grandes influencia na música. O.k, colocar a Claudia Leite no Rock In Rio foi só pela mídia, ela não tem voz boa, corpo bom e não dança bem.
Cidade do Rock
 Enfim, todos os que estão presentes no Rock In Rio são os "famosos do momento" e os Rockstars, nem que cantem pagode. Aliás, soube que um Mc cantou com a Beyoncé, e se isso for verdade, não há oque temer. O funk infelizmente faz parte do cotidiano brasileiro e, admitam, nem todo funk é péssimo. Em algum momento neste Blog eu devo ter falado que não são todos de letra estúpida, de atitudes machistas e com apologia a tudo que não presta. Se você nao acredita, deixo aqui três funk LIMPOS e, melhor ainda, com SIGNIFICADO:
  • Mc Daleste - Mãe de Traficante: http://www.youtube.com/watch?v=TYo1R2oN8g8&feature=player_detailpage (o clipe desta musica é legal, de verdade)
  •  Mc Guimê e Império da Casa Verde - Lar doce lar (Favela) http://www.youtube.com/watch?v=EC7WipPfw8I&feature=player_detailpage  (não tem NADA de errado nesta música)
  • Mc Garden - Funk, Protesto Inteligente http://www.youtube.com/watch?v=_vIutqVV88Q&feature=player_detailpage (a prova de que nem tudo do funk é o quê a mídia mostra)
  Bom, apesar de serem apenas três, são exemplos de que o preconceito contra o funk anda meio elevado,e principalmente vindo dos roqueiros, quando na verdade um dos princípios do Rock é aceitar o outro como ele é, não importa a tribo.
 Bom, chega de enrolar, espero que isso os façam pensar antes de xingar qualquer um que entre no palco do Rock In Rio e abrir sua mente para conceitos novos, que na verdade já são velhos, porém incompreendidos.
Programação de um dos primeiros, só para ficarem quietinhos os jovens roqueiros de hoje.
By: Bia

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Humanos... Qual será o fim?

 Olá, pessoal.
hypescience.com

 Bom, hoje vou falar a respeito de uma pesquisa que acabo de ler através da Fanpage do Facebook "A Verdade nua & Crua"a matéria do site hypescience (links abaixo). Primeiramente, leiam a reportagem a seguir:

  Uma nova teoria baseada no estudo do comportamento humano e da sociedade atual, bastante controversa, afirma que os humanos estão vagarosamente, mas definitivamente perdendo capacidades intelectuais e emocionais...
 Dr. Gerald Crabtree, da Universidade Stanford (EUA), baseou sua teoria no fato de que a inteligência “superior” humana (em
relação a outros animais) foi resultado de uma enorme pressão evolutiva. A inteligência e comportamento humanos exigem, portanto, o funcionamento ideal de um grande número de genes.
  Essa complicada rede de genes que supostamente nos dá a grande vantagem em relação a outros seres vivos é suscetível de mutações que, sem a manutenção de uma enorme pressão evolutiva, tendem a nos “emburrecer”.
  Crabtree acredita que o desenvolvimento de nossas capacidades intelectuais e a otimização de milhares de genes de inteligência provavelmente ocorreram em grupos dispersos de povos, antes de nossos ancestrais surgirem na África. Nessa época, a inteligência era crítica para a sobrevivência, por isso uma imensa pressão agindo sobre os genes necessários para o desenvolvimento intelectual levou a um pico da inteligência humana. A teoria de Crabtree é que, a partir desse ponto, a inteligência humana provavelmente começou a lentamente perder terreno.
  Depois da agricultura e, consequentemente, da urbanização, passou a haver menos seleção natural para os “mais inteligentes”.

 Com base em cálculos da frequência com que mutações prejudiciais aparecem no genoma humano e no pressuposto de que 2.000 a 5.000 genes são necessários para sustentar nossa alta capacidade intelectual, Crabtree estima que dentro de 3.000 anos (cerca de 120 gerações) todos nós teremos sofrido duas ou mais mutações prejudiciais para a nossa estabilidade intelectual ou emocional.
  Crabtree argumenta que a combinação de uma menor pressão seletiva e um grande número de genes facilmente afetados por mutações está “corroendo” nossas capacidades intelectuais e emocionais.  Porém, ele também argumenta que essa perda de inteligência é muito lenta e, a julgar pelo ritmo acelerado de descoberta e avanço da nossa sociedade moderna, tecnologias futuras poderão apresentar soluções para o problema. “Acho que chegaremos a compreender cada uma das milhões de mutações humanas que possam comprometer nossa função intelectual, e como cada uma delas interage com umas as outras e com demais processos, bem como suas influências ambientais”, diz. “Então, seremos capazes de corrigir qualquer mutação no nosso organismo, em qualquer estágio de desenvolvimento. O processo brutal da seleção natural será desnecessário”, opina.


  Bom, serei sincera, isso já estava mais que claro em minha mente. Com a urbanização já quase no fim, sem muito oque se colocar no mundo - já lotado - e as taxas de natalidade caindo cada vez mais, para mim não se passará nem 200 anos e os humanos já estarão em processo de extinção. O quê definitivamente é um alívio para o mundo em alguns aspectos.
blogdadieta.com.br
  Outro fato é que gerações passadas (e não precisa-se voltar muito ao tempo, basta pensar nos tempos de seus avós) eram mais fortes, espertos e saudáveis. Hoje em dia, mal ouvimos por causa dos fones de ouvido; nossa voz vem ficado cada vez mais "gutural", ou seja, não há toda a "beleza" ou "nobreza" na fala, com diversas abreviações, modos de se falar, etc, que acredito ser o processo para chegar a simples grunhidos; nossa inteligência vem estado cada vez mais dependente de tecnologias criadas por gerações anteriores, não sabemos mais pensar por nós mesmos e somos fracos. Sim, vi uma pesquisa na TV uma vez, se não me engano na Rede Globo, em que relatava-se o fato de que as crianças de hoje estão nascendo mais fracas e indispostas.
 Logo mais ou logo menos seremos extintos com certeza, pois faz parte do tal "ciclo de vida". E se você pensa que os humanos são quem decidem oque muda e quem muda, mal posso esperar para que seja sua vez para provar que somos animais iguais (ou piores) doque os outros, como já foi falado neste Blog.
 Enfim, creio em algumas possibilidades negativas e positivas para a nossa extinção, sinalizadas em vermelho e verde respectivamente:
  • Uma guerra onde um país (provavelmente os EUA, Ásia ou Europa) vai deixar "escapar" uma bomba nuclear, devastando nossas possibilidades de sobrevivência, gerando seres modificados que logo morrerão de fome pela dependência da tecnologia.
  • Um apocalipse zumbi. Bom, já postei aqui uma pesquisa que fala sobre esta possibilidade ( link no fim do post) e me convenci. Não acredito plenamente em um vírus, mas sim por algum processo bioquímico após a morte que dará a possibilidade de vagar e tem como o único instinto se alimentar, ou irá começar a se decompor.
  • A forma mais natural, tema da pesquisa aqui apresentada, sobre os seres humanos regredirem toda sua evolução e sumirem do Planeta Terra (amém).
  • A ultima possibilidade, um pouco surreal demais para mim mesma, de com esta moda iniciante de "reviver animais já extintos" venha a nos matar (para não usar uma linguagem chula). Por exemplo, começaremos com alguns répteis pré-históricos, conseguiremos um mamute, uma Titanoboa talvez ( cobra pré-história do tamanho de um crocodilo - da época, ou seja, umas quatro vezes o de hoje) que era capaz de confrontar um T-Rex - mas perder provavelmente - chegando a criaturas marítimas antigas, ou seja, até lá já não dominamos o mundo e algum destes já nos levou a extinção.
 
detailedworld.wordpress.com
É isso, espero que tenham gostado até aqui e a seguir os links para maior compreensão do assunto abordado:

Sobre, novamente, nossa extinção: 
http://hypescience.com/humanos-estao-perdendo-capacidade-intelectual-e-emocional/ Matéria sobre a possibilidade de Zumbis "reais"
http://poneisemorcegos.blogspot.com.br/2012/10/zumbis-genes-mortos-vivos.html
Matéria interessante sobre os 10 Mistérios da Evolução Humana: 
http://hypescience.com/24220-10-misterios-sobre-a-evolucao-humana/
Matéria do mesmo site falando sobre a Extinção dos Homens: 
http://hypescience.com/humanos-estao-em-extincao/


 

By: Bia

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O banco indignado


O banco na escola,
no centro do pátio
Acolhe a todos, a toda hora...
Acole um casal
Casal de amigos
Não para namorar
Para falar, rir e até chorar
Juntos todos os dias em conversas afiadas
As vezes como a pena, ou uma navalha

 Eis um dia em que o banco esvazia
Não senta mais menina, menino,
Ou outro qualquer
De um lado ele, cabisbaixo
Uma palavra sequer
D'outro lado ela, com as amigas
Nem um olhar de soslaio

Onde se perderam os dois?
Como ousam deixar sozinho o banco,
ali, no pátio.
Sem poder uni-los de novo.
Sem poder convence-los de que,
não importa o porquê,
As risadas e abraços não deviam ser deixadas para trás.
By: Bia