segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O banco indignado


O banco na escola,
no centro do pátio
Acolhe a todos, a toda hora...
Acole um casal
Casal de amigos
Não para namorar
Para falar, rir e até chorar
Juntos todos os dias em conversas afiadas
As vezes como a pena, ou uma navalha

 Eis um dia em que o banco esvazia
Não senta mais menina, menino,
Ou outro qualquer
De um lado ele, cabisbaixo
Uma palavra sequer
D'outro lado ela, com as amigas
Nem um olhar de soslaio

Onde se perderam os dois?
Como ousam deixar sozinho o banco,
ali, no pátio.
Sem poder uni-los de novo.
Sem poder convence-los de que,
não importa o porquê,
As risadas e abraços não deviam ser deixadas para trás.
By: Bia

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