segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Mito dos Vampiros

Oi, gente!
Eu não podia deixar de colocar no Try to Shut Me Up uma matéria sobre algo que sou tão viciada: o mito dos vampiros. Foi meio difícil achar um lugar onde se conda a verdadeira história, sem adicionar aquelas bobeiras de magia e tal. Bom, espero que gostem!




Na MesopotâmiaGrécia e Roma Antiga já existiam boatos sobre sugadores de sangue, porém, foi na Europa Moderna que a história ganhou força. O pavor era tanto que muitos foram assassinados sob acusação de ser uma dessas criaturas.

Essa histeria residia, sobretudo, na ignorância sobre o ciclo de decomposição do corpo humano e no fato de que algumas doenças podem originar comportamento e aparência vampirescos:

Exumação: Se um caixão fosse aberto e o corpo estivesse preservado, retorcido, ou se houvesse presença de sangue na boca e nariz do morto, não havia dúvida: tratava-se de um vampiro. O que ninguém sabia é que, dependendo da temperatura, umidade e tipo de solo, os corpos levam mais tempo para se decompor; que por causa de erros de diágnósticos comuns pelo atraso na área da medicina da época, as pessoas tentavam sair do caixão após serem enterradas vivas, como portadores decatalepsia; e que durante a decomposição, é possível que sangue e outros fluidos sejam expelidos pelas cavidades do corpo.

Doenças: Certas pessoas acusadas de vampirismo podiam, no fundo, ser portadores de porfiria, doença rara catalogada apenas no fim do século XIX. As vítimas são altamente sensíveis à luz solar, podem sofrer delírios e ter boca e dentes avermelhados. Por não saírem de dia, são pálidas como vampiros. Além disso, mortes em série atribuídas a vampiros eram, na verdade, fruto de epidemias, como raiva, cólera ou a peste bubônica, pouco conhecidas na época. Para agravar, portadores da peste bubônica podiam sangrar pela boca e portadores da raiva são sensíveis à luz.

Confira abaixo alguns personagens históricos que eram "vampiros na vida real":





Vlad III (1431-1476): Nascido na região daTransilvânia (atual Romênia), o príncipe Vlad IIIfoi um guerreiro implacável. Na defesa do seu reino contra turcos-otomanos, ele e seu exército mataram mais de 40 mil invasores - boa parte empalada viva! Vlad era membro de um grupo religioso chamado Ordem do Dragão, onde ficou conhecido por Draculea (filho do dragão). Não à toa, inspirou Bram Stoker a criar o personagemConde Drácula.







Elizabeth Báthory (1560-1614): Nascida na atual Eslováquia, a Condessa Báthory era louca por um sanguinho alheio. Sua maior obsessão era banhar-se com sangue de jovens virgens para preservar sua juventude. Estima-se que ela tenha sacrificado mais de 600 pessoas até ser condenada à prisão perpétua em 1610.














Peter Plogojowitz (1666-1728): Este foi um dos primeiros casos supostamente reais de vampirismo documentados. Rolou em Kisolowa, vilarejo sérvio. Segundo relatos, após sua morte, em 1728, Plogojowitz surgiu para seu filho pedindo comida. O pedido foi negado e o rapaz apareceu morto. Depois, várias pessoas morreram com sinais de perda de sangue naquela região. Quando o corpo de Plogojowitz foi exumado, tinha os olhos abertos e sangue na boca. Bastou para que uma estaca fosse gravada em seu peito e seu corpo fosse queimado.







John George Haig (1909-1949): A biografia desse inglês, o Vampiro de Londres, é tão assustadora que ele ganhou até estátua noMuseu de Cera de Madame Tussauds, emAmsterdã. A coisa já começou na infância, quando Haig multilava seus própios dedos para sorver o sangue. Ele cortava o pescoço das vítimas, bebia o sangue delas e derretia os corpos numa tina de ácido. Foi condenado à forca pelo assassinato cruel de 9 pessoas. Na hora de sua execução, em 1949, gritou: "Deus, salve meu filho da maldição do Drácula!".




domingo, 16 de outubro de 2011

Música e Suas Origens


Sons e instrumentos

por: Valéria Peixoto de Alencar*
música é um dos principais elementos da nossa cultura. Há indícios de que desde a pré-história já se produzia música, provavelmente como conseqüência da observação dos sons da natureza. É de cerca do ano de 60.000 a.C. o vestígio de uma flauta de osso e de 3.000 a.C. a presença de liras e harpas na Mesopotâmia.

No panteão grego, por exemplo, Apolo é a divindade que rege as artes. Por isso vemos várias representações suas, nas quais ele porta uma lira. Vale lembrar que na Grécia Antiga apenas a música e a poesia eram consideradas manifestações artísticas da maneira como as compreendemos atualmente.

Reprodução
Detalhe de ânfora ática, século 5, acervo Museu do Vaticano

Música é uma palavra de origem grega - vem de musiké téchne, a arte das musas - e se constitui, basicamente, de uma sucessão de sons, entremeados por curtos períodos de silêncio, organizada ao longo de um determinado tempo.

Assim, é uma combinação de elementos sonoros que são percebidos pela audição. Isso inclui variações nas características do som, tais como duração, altura, intensidade e timbre, que podem ocorrer em diferentes ritmos, melodias ou harmonias.

Características dos sons

Em música, a duração de um som está relacionada ao tempo, mas não como ele é medido, por exemplo, em um relógio. A relação entre o tempo de duração das notas musicais e o tempo das pausas cria o ritmo.

Altura é a forma como o ouvido humano percebe a freqüência dos sons. As baixas freqüências são percebidas como sons graves e as mais altas como sons agudos, ou tons graves e tons agudos. Tom é a altura de um som na escala geral dos sons.

Intensidade é a percepção da amplitude da onda sonora. Também é chamada, freqüentemente, de volume ou pressão sonora.

timbre nos permite distinguir se sons de mesma freqüência foram produzidos por instrumentos diferentes. Por exemplo, quando ouvimos uma nota tocada por um saxofone e, depois, a mesma nota, com a mesma altura, produzida por um trompete, podemos imediatamente identificar os dois sons como tendo a mesma freqüência, mas com características sonoras muito distintas.

Tipos de instrumentos musicais

  • Instrumentos de sopro: podem ser feitos de madeira, como, por exemplo, a flauta, o clarinete, o saxofone, o fagote e o oboé, embora algumas vezes possuam metal e plástico em sua composição.

    Os instrumentos de sopro de madeira se distinguem dos instrumentos de sopro feitos de metal pela forma como o som é produzido: pela vibração do ar em um tubo oco. O ar vibra soprando-se no bocal - no caso da flauta -, ou através de uma palheta simples - no clarinete e no saxofone -, ou de uma palheta dupla - no caso do oboé e do fagote.

    Os instrumentos de sopro feitos de metal são produzidos com latão e o som nasce da vibração dos lábios do músico no bocal, o que faz com que o ar vibre dentro do tubo. Nesse grupo encontramos o trompete, o trombone, a corneta, a trompa e a tuba.

  • Instrumentos de corda: o som é produzido pela vibração de uma ou mais cordas esticadas, através de  

  • fricção(violino, violoncelo, contrabaixo)

  •  ou de dedilhado (harpa, lira, violão, guitarra).

  • Instrumentos de teclas: o som é produzido por meio de um teclado que faz vibrações no ar (órgão de tubo) ou em cordas (piano). Uma curiosidade: a parte interna de um piano possui um mecanismo com mais de 6.000 peças - cada tecla aciona um martelo revestido de feltro que bate numa corda de aço, produzindo um som.

  • Instrumentos de percussão: os sons são produzidos percutindo, sacudindo, raspando ou batendo um elemento contra o outro. São exemplos de instrumentos de percussão: xilofone, vibrafone, gongo (ou tantã), triângulo, címbalo, castanholas, claves, maracas e tambores.
    Os tambores consistem em uma pele ou um plástico esticados sobre uma ou duas molduras. Podem ser divididos em três grandes grupos, de acordo com sua forma: fuste estreito (pandeiro), semi-esféricos (timbales) e cilíndricos (conga). Podem ser tocados utilizando-se as mãos, baquetas, escovinhas ou varetas de ferro.

  • Instrumentos eletrônicos: geram sinais eletrônicos que são amplificados e convertidos em sons. Por exemplo: teclado, sintetizador, bateria eletrônica, sampler etc. 


  • Fonte: http://educacao.uol.com.br/artes/musica-origem.jhtm

    sábado, 15 de outubro de 2011

    A História dos Dragões


                                            

    A palavra Dragão tem origem do grego drákon (δράκων) que significava ‘grande serpente’.
    Os Dragões, ou Dragos como alguns os denominam, são criaturas mitológicas que marcaram muitas das culturas de diversas civilizações.
    Normalmente são caracterizados por serem seres de grandes dimensões e aspecto reptiliano, assemelhando-se a grandes lagartos ou serpentes. Muitas vezes possuem asas, escamas ou penas, cospem fogo e têm poderes mágicos (embora nenhuma destas características seja necessariamente obrigatória.) Alguns são dotados de uma inteligência sobre-humana e possuem mesmo a capacidade de se transformarem de modo a poderem caminhar por entre os homens sem serem notados.
    Segundo um documentário da BBC (‘Dragons: A Fantasy Made Real’), existem algumas características da sua anatomia e comportamentos que podemos prever, já que na verdade sabemos tanto acerca destas fantásticas criaturas, como sabemos sobre dinossauros.
    Assim:
    1. As Asas:
    Semelhantes às dos morcegos mas em muito maior escala. Possuem quatro pontos de sustentação, podendo por isso carregar mais peso que as asas comuns dos pássaros que só têm dois pontos de sustentação.
    2. Capacidade de Flutuação:
    Seria garantida pela produção de gás nos intestinos que, ao contrário dos gases produzidos pelos outros animais, seria à base de hidrogénio gasoso.
    O hidrogénio, sendo 14 vezes mais leve que o ar, asseguraria as capacidades de voar e cuspir fogo, apresentadas pela maioria dos dragões.
    O gás produzido seria armazenado em duas bolsas especiais e próprias para esse fim, denominadas vesículas de voo, que, quando completamente cheias, ajudariam estas criaturas a levantar voo.
    3. Leveza:
    A maioria dos animais voadores possuem ossos ocos ou alveolares que os ajudam a reduzir o peso. Desta forma é lógico concluir que também os dragões se encontrassem munidos de estruturas semelhantes. No entanto, ter ossos ocos, não seria o suficiente para elevar no ar uma criatura de porte tão grande. Contudo, esta característica combinada com o armazenamento de hidrogénio nas vesículas de voo poderia ser capaz de reduzir o peso de um dragão o suficiente para este levantar voo.
    4. Cuspir Fogo:
    Supõem-se que esta capacidade advenha do hidrogénio armazenado que, não só permitiria tornar os dragões mais leves, como também serviria de gás combustível na produção de fogo, ficando apenas a faltar um catalizador.
    Na natureza, o besouro bombardeiro, é capaz de produzir uma explosão de líquido fervente utilizando enzimas como catalisadores orgânicos. Desta forma, investigadores, pressupõe que os dragões usariam a platina em pó, originária da ingestão de rochas ricas neste mineral, como catalizador. A platina seria, desta forma, a faísca catalítica que reagiria com o hidrogénio armazenado nas vesículas de voo, produzindo fogo.
    Outra teoria acerca da explicação para o bafo flamejante dos dragões passa pela possibilidade de estas criaturas possuírem a capacidade pulmonar de separar os gases que compõem o ar. A centelha de ignição poderia ser obtida pela fricção de dois ossos ou pela ingestão de minerais que gerariam uma reacção química exotérmica.
    Há ainda quem diga que a criação de fogo, por parte dos dragões, não passa de mais uma de suas capacidades mágicas, já que as suas vias respiratórias e dentes de marfim permanecem incólumes após a passagem das chamas.
    5. Acasalamento:
    Supõem-se que o ritual de acasalamento entre dragões incluiria extraordinários voos a dois, com malabarismos e voos a pique, como forma de exibição, enganchando as garras em pleno ar.

    6. Defesa:
    Como forma de assustarem possíveis predadores supõem-se que os dragões fariam uso dos seus grandes olhos, do seu magnífico porte e das suas asas, assumindo posturas assustadoras e intimidadoras.
    Tipos de Dragões:
    Existem diversas raças e espécies de dragões e inúmeras formas de os agrupar. De modo sucinto poderiam ser agrupados em:
    Dragões Marinhos: As primeiras espécies de dragões eram aquáticas ou semi-aquáticas, assumindo comportamentos semelhantes aos dos crocodilos actuais. Tendo sobrevivido à explosão cataclísmica de há cerca de 65 milhões de anos, da qual resultou a extinção de quase todos os seres vivos terrestres, acabaram por colonizar a terra como os únicos vertebrados existentes. Através de mutações ganharam um par extra de membros que, posteriormente, evoluiu para asas, surgindo assim os primeiros dragões voadores. Outros permaneceram aquáticos. Um dos exemplos mais famosos de um dragão marinho é o Monstro do Lago Ness.

    Dragões Pré-históricos: Descendentes dos dragões aquáticos ou semi-aquáticos. Ocupavam os pântanos costeiros há cerca de 2 milhões de anos, no fim do Período Triássico. Encontram-se na origem das espécies marítimas e terrestres .

    Dragões da Floresta: Viviam nas matas densas e nos campos de bambu. A sua forma corporal era longa e sinuosa, semelhante à dos seus ancestrais, os dragões marinhos, permitindo-lhes passar sem dificuldades por entre as árvores e vegetações, pelo que se encontravam perfeitamente adaptados ao seu habitat.
    Conseguiram reter a capacidade de nadar e, em épocas de muito calor ou em caso de incêndio, voltavam aos rios abrigando-se nestes locais mais frescos.
    As asas dos dragões da floresta eram curtas, impedindo-os de voar. No entanto possuíam a habilidade de dar grandes saltos, auxiliando-se das suas pequenas asas para obterem um impulso extra.
    Alguns dragões da floresta abandonaram o seu habitar, em busca de alimento, e daí derivam as lendas que abundam em diversos países do Sudeste Asiático, como a China.

    Dragões da Montanha: São assim chamados porque viveram em retiro no seio das montanhas e em outros habitats remotos durante todo o período medieval.
    Esta denominação não é completamente correcta uma vez que, antes do crescimento populacional humano, estas criaturas habitavam as planícies e as florestas, não se restringindo apenas às montanhas.
    Possuem asas e um corpo curto e compacto, ideal para voar. A cauda é longa, terminando numa estrutura em forma de flecha, e serve como arma defensiva.
    Dragões do Gelo: Famosos pelas suas migrações anuais entre o Árctico e o Antárctico, voando milhares de quilómetros para assegurarem que passam a maior parte do ano a caçar no seu clima predilecto.
    Habitam cavernas cavadas em glaciares ou icebergs e têm uma coloração branca-azulada. Alimentam-se basicamente à base de lulas gigantes, ursos polares, leões-marinhos e focas leopardo.

    Knucker: Prefere os locais húmidos e pantanosos. Alimenta-se de lebres, animais domésticos e veados. Têm uma aparência serpentina e as suas asas são pequenas demais para lhes permitir voar.









    Lindworms: Sendo extremamente velozes é raro serem avistados. Caçam em pares e as suas presas preferidas são os camelos.


    Dragões Tibetanos: Tem preferência por locais de grande altitude. São esguios e vermelhos, alimentando-se à base de Yetis dos Himalaias, um símio gigante que se adaptou às baixas temperaturas e ao ar rafeiro das alturas.


    Lung Asiático: Preferem os rios, ribeiros, riachos e lagos, escondendo-se nas suas cavernas submersas. Alimentam-se sobretudo à base de peixes e pássaros.

    Lung Chinês: Uma sub-espécie do Lung Asiático. Caracteriza-se pelos seus longos e sensíveis bigodes, chifres, juba e uma esfera que normalmente transporta numa das patas dianteiras.
    Existe uma grande variedade de dragões cujas façanhas polvilham uma enorme variedade de histórias e mitos.
    Embora se encontrem presentes tanto nas culturas Orientais como nas Ocidentais, o seu simbolismo é consideravelmente variado, tomando papéis desde de seres sobrenaturais dotados de profunda sabedoria e força, a divindades ou a animais destruidores e malignos. Devido ao seu grande porte, o que os tornaria monstruosamente grandes quando colocados ao lado do homem, surgem muitas vezes como adversários mitológicos de heróis lendários. Outras vezes ajudam os justos, permitindo-lhes voar nas suas costas e acompanhando-os em batalhas contra o mal. Também são muitas vezes associados a tarefas impossíveis de concretizar para outras criaturas, tais como suportar o mundo e controlar fenómenos atmosféricos.

    Ninguém sabe ao certo qual a origem deste mito que, no Mundo Antigo desprovido de formas de comunicação de longa distância, surgiu por todos os Continentes chegando a culturas tão distantes e diferentes como a China Antiga, os Maias e os Astecas. Há quem diga que os Antigos se basearam na observação de fósseis de dinossauros para conceberem a existência destas criaturas fantásticas. Outros que foram influenciados pelas ossadas de outras criaturas de grande porte, tais como as baleais, os crocodilos e os elefantes.
    As representações mais antigas destas criaturas provêm de pinturas rupestres de arborígenes da Austrália, que datam de aproximadamente 40.000 a.C., onde provavelmente eram reverenciados como deuses criadores do mundo.

    Para nós, o conceito que temos do que é um dragão, provém de imagens baseadas nas lendas europeias da Escandinávia e Germânia. No entanto, a sua forma é bastante variada, consoante a cultura em que surgem.
    Na índia surgem como serpentes gigantes.
    Na Polinésia como grandes lagartos.
    No Médio Oriente eram vistos como encarnações do mal.

    Na Mesopotâmia os dragões eram sinónimos de caos, cometendo frequentemente graves crimes que os levava a serem punidos pelos deuses. Um exemplo desses acontecimentos é a história do dragão das tempestades, Anzu (ou Zu). Anzu era um dragão parecido com um pássaro gigante que trouxe o caos ao mundo ao roubar a Ellil (também conhecido por Enlil, pai dos deuses), as pedras onde se encontravam inscritas as Leis do Destino e do Universo, fonte do poder do deus-pai. Foram vários os heróis que tentaram derrotar Anzu e recuperar as pedras, todos eles sem sucesso. Por fim a missão foi entregue ao jovem Ninurta (ou Ningirsu) que recebe auxilio sobre a forma de instruções por parte de sua mãe, Belet-ili. Belet-ili aconselha seu filho a agarrar Anzu pela garganta, cortando-a de seguida. Numa primeira tentativa Anzu vence usando um dos poderes roubados a Ellil que lhe permitia destruir as flexas de Ninurta. Então o jovem procura a opinião de Ea, deus da sabedoria, que o aconselha a disfarçar as suas flexas de forma a que estas se parecessem com aspenas de Anzu. Sincronizando o seu disparo com o momento em que Anzu fazia uso do poder de enviar as suas penas para atacar Ninurta e, posteriormente, recuperá-las, o jovem herói conseguiu finalmente vencer a terrível criatura. Como recompensa pelo seu heróico feito, Ninurta foi proclamado senhor dos deuses.

    Uma história semelhante é a da Babilónia, onde um dragão fêmea – Tiamat – era considerado a grande Mãe de todos os deuses.
    No Enuma Elish, que conta a criação do mundo, Tiamat, que simbolizava o oceano, e o seu consorte, Apsu, as águas doces da terra, dão à luz os diversos deuses da Mesopotâmia.
    No entanto Apsu não conseguia descansar, devido à presença de seus filhos rebeldes, e por isso decide destruí-los. Contudo o seu plano foi descoberto e o deus Ea (Enki ou Nudimmud), um de seus filhos, impediu-o de o concretizar, assassinando-o.
    Cheia de desgosto e para 
    se vingar Tiamat criou um exercito de monstros que continha 11 dragões, preparando-se para atacar os jovens deuses. No entanto, o mais jovem de todos eles, Marduk, lidera os seus irmãos e juntos vencem a batalha, tornando-se senhores do universo.
    Do corpo morto de Tiamat são criados o céu e a terra, enquanto que do sangue do principal general do exército vencido são criados os seres humanos. O dragão Mushussu é subjugado por Marduk, que se torna no principal deus da Babilónia, passando a ser o seu guardião e a simbolizar o seu poder.


    Na Pérsia eram criaturas temíveis que roubavam o gado e destruíam as florestas, sendo muitas vezes usados como o símbolo representativo da Babilónia, que oprimiu a Pérsia
     durante a Antiguidade. Daí advém o mito de que os dragões são guardiães de grandes tesouros e que estas riquezas seriam o espólio de quem fosse capaz de os vencer.
    No Egipto os dragões eram vistos como serpentes frequentemente associadas à ideia de mal. No entanto, para os egípcios, mal não implicava algo obrigatoriamente negativo, uma vez que o bem e o mal tinham de coexistir de modo a manter estável a balança da vida.
    Os dragões eram tidos como responsáveis de muitos fenómenos naturais, como o dia e a noite, que se sucederiam como resultado da eterna batalha do deus sol Ra com o dragão Apep (Apophis).

    Na China a existência dos dragões precede a linguagem escrita e, actualmente, é o símbolo nacional chinês.
    Para os chineses os dragões (long) encontravam-se associados às condições climatéricas, sendo principalmente responsáveis pela chuva. Encontravam-se desta forma associados à fertilidade e à produtividade dos campos de cultura, pelo que, embora pudessem causar muita destruição quando enfurecidos, originando grandes tempestades, eram vistos como criaturas do bem.
    Para as culturas Orientais os dragões encontram-se muito acima dos restantes animais mágicos, sendo por vezes tidos como deuses.
    Para os chineses os dragões dividem-se em quatro tipos distintos:
    Dragões Celestiais: considerado o símbolo da própria raça chinesa. Chineses em todo o mundo proclamam com orgulho serem “Lung Tik Chuan Ren” (descendentes do dragão).Nestas regiões os Dragões são considerados criaturas míticas divinas que trazem abundância, prosperidade e boa sorte.
    Espíritos da Terra
    Guardiães de Tesouros
    Dragões Imperiais.

    Para o Taoismo, Yuan-shi tian-zong, ocupa o lugar mais alto na hierarquia divina, tendo surgido no início do Universo. Este grande dragão foi o responsável pela criação do céu e da terra.
    Para o Japão os dragões (Ryu) têm um papel divino semelhante. Ryujin, por exemplo, era considerado deus dos mares, controlando as marés através de jóias mágicas.
    Segundo a cultura cristã os dragões eram seres do mal, personificando muitas vezes as criaturas do inferno e encontrando-se associados ao caos. Os Dragões eram os inimigos do povo de Deus. A imagem que temos actualmente destas criaturas provém, em grande parte, das crenças desta época. Assim os dragões eram grandes criaturas aladas com o corpo coberto de escamas, de olhos amarelos e flamejantes, capazes de cuspirem fogo incandescente pelas narinas.
    O Leviatã, uma serpente gigante capaz de cuspir fogo, surge associada às hostes de Satan, personificando a maldade, a crueldade e a destruição.


    Uma das histórias cristãs mais famosas sobre dragões é a do dragão que devorava jovens virgens, acabando por ser derrotado por um cavaleiro, mais tarde conhecido por São Jorge. Este conto encontra-se na origem do comum enredo fantástico que implica o jovem e nobre cavaleiro que derrota o vil e demoníaco dragão de modo a salvar a bela e frágil princesa.

    No México o Quetzalcoatl, uma serpente alada, assemelha-se muito a um dragão.
    No Peru, um dos mitos da tribo Chincha fala de Mama Pacha, uma deusa que zelava pela colheita e pelo plantio mas que por vezes era causadora de terramotos.
    Na América do Norte o primeiro chefe da tribo Apache lutou contra um dragão usando o seu arco e flecha. Este dragão fez uso de um pinheiro gigante para disparar árvores mais jovens como flechas. Disparou quatro flechas contra o jovem índio que consegui evadi-las com sucesso. De seguida foi alvejado por quatro flechas que partiram do arco do jovem e morreu.
    No Brasil, Boitatá é uma cobra gigante que protege as florestas dos incêndios, tendo ela própria a capacidade de cuspir fogo.
    Na Germânia Fafnir, um gigante ganancioso e cobiçoso, acaba por se transformar num dragão, sendo derrotado pelo herói Siegfried. Depois de o matar Siegfried ingeriu um pouco do coração do dragão, passando a ser dotado da capacidade de comunicar com os animais.

    Dragões Famosos da História e de outras histórias:
    “Ladon” foi um dragão da Grécia antiga que guardava a árvore de maçãs de ouro da deusa Hera. Hércules matou Ladon para poder roubar as maçãs.

    “Yogune-Nushi” era um diabólico dragão japonês, obcecado por carne humana e que uma vez ao ano exigia o sacrifício de uma donzela.

    “Rahu” e “Ketu” originaram-se na mitologia hindu e são importantes na astrologia Védica. Rahu é a “Cabeça do Dragão” e está associado com o nodo norte da lua. Ketu é o “Rabo do Dragão” e está associado com o nodo sul da lua.
    Dragões de Desenhos Animados

    “Dragon Ball Z” um dos maiores Animes criado pelo japonés Akira Toryama tem como um dos temas principais a história de Shen long o Deus Dragão da Terra, criado por Kamisama. Quando os setes esferas do dragão são reunidas e são ditas as palavras apropriadas, Shen long aparece e concede o primeiro desejo que lhe é pedido, não se pode reviver pessoas que já foram revividas, ou já tenha passado mais de um ano da morte da mesma. Normalmente, os desejos mais pedidos são a imortalidade e fazer com que mortos revivam.http://br.geocities.com/animemangafc/images/shenlong.jpg

    Meu Amigo o Dragão (Pete’s Dragon, 1977), que combina personagens reais com uma figura animada, continua a cativar a atenção de várias crianças.
    “Puff the Magic Dragon” é uma famosa canção da década de 60 da autoria do trio Peter, Paul & Mary, baseada numa poesia sobre a perda da inocência da infância.


    O aclamado filme “Coração de Dragão” (“Dragonheart”), lançado em 1996 pela Universal Pictures, conta a história medieval do último dragão na terra. 


    “Falkor”, o dragão branco de “A História Interminável”, companheiro e amigo de Bastian e Atreyu. 


    “Mushu” é o dragão do filme de animação da Disney “Mulan”. Ele é o poderoso guardião que ajuda Mulan a combater os hunos e devolver a honra da sua família.

    “Haku”, o dragão do filme de animação “Sen to Chihiro no Kamikakushi”, “Spirited Away” em inglês. “Haku” toma a forma de um rapaz e, na realidade, é a personificação de um rio.

    “Norbert” é o dragão bebé de Hagrid nos contos de Harry Potter. Harry precisa vencer mentalmente o dragão durante o desafio inicial do Torneio Tribruxo no filme Harry Potter e o Cálice de Fogo (Harry Potter and the Goblet of Fire)

    “Charizard” é um dragão voador que cospe fogo no jogo de computador e no jogo de cartas da série Pokemon. O nome japonês para Charizard é “Rizaadon” (“Lizardon”).

    “Blue-Eyes White Dragon” é uma das primeiras cartas do jogo YuGIOh (Yu-Gi-Oh), que também aparece no primeiro episódio da série televisiva, O Coração das Cartas (The Heart of the Cards).

    “Smaug”, é o ganancioso e avarento dragão de “O Hobbit”, livro de J. R. R. Tolkien. Smaug era um dragão terrível e destruidor, que guardava os seus grandes tesouros no seu covil, na Montanha Solitária.


    “Safira”, o dragão fêmea de Eragon, da triologia escrita pelo jovem autor Christopher Paolini.

    . Existem vários dragões que dão vida e animação a inúmeros jogos de RPG, como por exemplo os Dungeons and Dragons (cujo jogo originou um filme do mesmo nome), Arkanun e RPGQuest.